Dores da Vitória fica situada na Zona da Mata Mineira, a 352 km da capital Belo Horizonte e 280 km da cidade do Rio de Janeiro.
Está localizada numa região a 48km da rodovia Rio-Bahia que passa pela cidade de Muriaé.
O aspecto geral do território é montanhoso. Sua área é de -----km². A temperatura média em graus centígrados é de máxima 35 e mínima 16. Fica situada a 300 metros de altitude, tem como coordenadas geográficas 21º 11'30" de latitude Sul e 42º 36' 50" de longitude W.Gr. Dista de Belo Horizonte, capital do Estado, em linha reta, 198 km, no rumo S.S.E. (dados da sede do município que fica a 18 km)
Os terrenos de que compõe o atual distrito de Dores da Vitória foram doados por escritura pública lavrada em 8 de dezembro de 1886 em cartório deste mesmo distrito por D. Maria Vitória Benfica da Silva Xavier, esposa de Antônio Carlos da Fonseca e por Santo Ciribele Lanturca.
Essa escritura foi assinada pelos doadores, sendo que por D. Maria vitória Benfica da Silva Xavier assinou seu filho Manoel João da Fonseca como testamenteiro de seu pai Antônio Carlos da Fonseca. Não obstante a escritura de doação tenha sido lavrada em 8 de dezembro de 1886, a sua fundação se deu em 15 de abril de 1855, data em que chegou a essa localidade o cidadão Manoel da Fonseca, por ordem de sua mãe Maria Vitória Benfica da Silva Xavier que viera com essa finalidade exclusiva.
Diz o Sr. Manoel João da Fonseca, em seu diário, que no dia 15 de abril de 1855, chegou na região Fazenda denominada "Cantagalo" onde morava o Sr. Antônio José de Faria, trazendo a sua mudança em dois carros de bois.
De pronto dando início a sua missão, fez uma olaria para o fabrico de tijolos e telhas. O madeirame que tinha na fazenda "Boa Vista" (de sua mãe) composto de 18 dúzias de tábuas, caibros e ripas e mais algum que preparava para construir sua casa deu-o para construção da "capela mor" da igreja.
No dia 1º de Julho de 1855, seu pai Antônio Carlos da Fonseca, seu sogro Antônio Luiz Caetano de Souza, seu tio Francisco Antônio de Andrade e seus irmãos, José Carlos da Fonseca e Francisco Carlos da Fonseca, juntamente com os oficiais, José Antônio Furtado, José Manoel Fagundes e seu filho Manoel mulato Venancio fidelis iniciaram a construção da capela.
No dia 15 de outubro de 1855 foi benta a capela então construída e nela celebrada a 1ª missa pelo Revmo Cº Honorio Fulgencio de Magalhães.
O nome de "Dôres da Vitória" foi dado ao povoado que então se fundava em honra a "Nossa Senhora das Dôres", padroeira do lugar e em memória da doadora Maria Vitória Benfica da Silva Xavier.
Esse povoado foi elevado a categoria de distrito em 1856, sendo criado o "Curato eclesiástico" em outubro de 1859, pelo Revmo. Bispo D. Antônio Ferreira Viçoso e elevado a categoria de freguesia pela assembléia Provincial de Minas em 1875. Foi dado ao "beneplácito" pelo Revmo. Sr Vigário Geral do Bispado D. Silvério Gomes Pimenta.
Em 1859, diz o Sr. João Manoel da Fonseca que construiu o corpo da igreja, cujas despesas montaram em Cr$1.860,00, e correram por sua conta, tendo angariado com o povo apenas Cr$309,00, mais tarde essa dívida foi amortizada por outras doações e por angariações promovidas por Bandeiras.
Os primeiros paramentos foram doados por Manoel João da Fonseca sendo eles: uma casula branca, uma vermelha, uma roxa e uma verde; duas alvas, dois cordões, cálice e patena, pedra e campainha, uma imagem do crucificado; duas estolas, dois manipolis, três toalhas, um missal, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição e uma nova casula dourada. Tudo lhe custou Cr$600,00. O povo por meio de subscrições, deu uma casula branca, uma vermelha, uma verde, uma roxa e uma preta. O Revmo. Pe.João Passareli deu outro missal. O Sr. Francisco Antônio de Andrade deu a imagem de Nossa Senhora das Dôres que veio de Santa Luzia do Sabará e custou Cr$200,00 e uma pia batismal que custou Cr$80,00. O Sr. Francisco Antônio da Fonseca deu o sino pequeno e o O Sr. Francisco Antônio Reis deu o grande. Os primeiros vigarios desta freguesia foram os seguintes:
As primeiras administrações do Santo Crisma foram feitas por:
ASPECTOS DA VIDA MUNICIPAL - No distrito de Dores da Vitória existe o lugar denominado "Águas Santas", onde uma fonte de água mineral
é muito visitada em face de suas qualidades medicinais para tratamento dos rins.
Fonte: Biblioteca IBGE (página 105)
ENCICLOPÉDIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS
Obs: A partir de 1995 o lugar passou a pertencer ao Município Vizinho.
Lembrete: Muriaé teve outros distritos ao longo de sua história, alguns desmembrados de seu território e outros anexados, por Leis. Assim, em 1864 Muriaé possuía também o distrito de Dores da Vitória.