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Restauração da Igreja

Matriz antes da Restauração

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História

A construção da "capela mor" da igreja iniciou-se no dia 1º de Julho de 1855. Manoel João da Fonseca, filho de D. Maria Vitória Benfica da Silva Xavier fez uma olaria para o fabrico de tijolos e telhas. O madeirame que tinha na fazenda "Boa Vista" (de sua mãe) composto de 18 dúzias de tábuas, caibros e ripas e mais algum que preparava para construir sua casa deu para a capela que foi construída por Antônio Carlos da Fonseca, seu sogro Antônio Luiz Caetano de Souza, seu tio Francisco Antônio de Andrade e seus irmãos, José Carlos da Fonseca e Francisco Carlos da Fonseca, juntamente com os oficiais, José Antônio Furtado, José Manoel Fagundes e seu filho Manoel mulato Venancio fidelis.

No dia 15 de outubro de 1855 foi benta a capela então construída e nela celebrada a 1ª missa pelo Revmo Cº Honorio Fulgencio de Magalhães.

Criado o "Curato eclesiástico" em outubro de 1859, pelo Revmo. Bispo D. Antônio Ferreira Viçoso. Foi dado ao "beneplácito" pelo Revmo. Sr Vigário Geral do Bispado D. Silvério Gomes Pimenta.

Em 1859, diz o Sr. João Manoel da Fonseca construiu o corpo da igreja, cujas despesas montaram em Cr$1.860,00, e correram por sua conta, tendo angariado com o povo apenas Cr$309,00, mais tarde essa dívida foi amortizada por outras doações e por angariações promovidas por Bandeiras.

Os primeiros paramentos foram doados por Manoel João da Fonseca sendo eles: uma casula branca, uma vermelha, uma roxa e uma verde; duas alvas, dois cordões, cálice e patena, pedra e campainha, uma imagem do crucificado; duas estolas, dois manipolis, três toalhas, um missal, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição e uma nova casula dourada. Tudo lhe custou Cr$600,00. O povo por meio de subscrições, deu uma casula branca, uma vermelha, uma verde, uma roxa e uma preta. O Revmo. Pe.João Passareli deu outro missal. O Sr. Francisco Antônio de Andrade deu a imagem de Nossa Senhora das Dôres que veio de Santa Luzia do Sabará e custou Cr$200,00 e uma pia batismal que custou Cr$80,00. O Sr. Francisco Antônio da Fonseca deu o sino pequeno e o O Sr. Francisco Antônio Reis deu o grande. Os primeiros vigários desta freguesia foram os seguintes:

  • Cônego Honório Fulgencio de Magalhães
  • Pe. Antônio Caetano da Fonseca
  • Pe. Mateus Vigorito
  • Pe. Joaquim Antônio Oliveira
  • Pe. João Passareli
  • Pe. Pedro Vieira
  • Pe. Anunciato
  • Pe. Francisco Sabino Filó
  • Pe. Leôncio Sabino Filó
  • Pe. José Maria Vassali
  • Pe. Randolfo Medeiros
  • Pe. Antônio Gomes Carneiro
  • Pe. José Maria Solá

As primeiras administrações do Santo Crisma foram feitas por:

  • Padre Joaquim Benfica
  • Bispo Antônio Ferreira Viçoso
  • Cônego Joaquim Benfica
  • Padre Joaquim Antônio Oliveira
  • Padre Geroncio Capuchinho

Restauração da Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dôres

			 MIRAÍ (MG), 23 de maio de 1.984.


Ilmo e Reverendíssimo
Dom Gerard Reis
Bispo Diocesano de 
LEOPOLDINA (MG).


		 Pelo presente, encaminho à Vossa Eminência o Relató-
rio de Queixas e denúncias já mencionadas, para fins de concreti-
zarmos as mesmas do Município de Miraí e seus vizinhos e Dôres da 
Vitória.

			Cordiais saudações,
			Hélio Antunes
			Responsável pela obra da Matriz

Em janeiro do ano de 1982, cheguei em Dôres da Vitória, vindo de São Paulo, depois de uma longa ausência de mais ou menos 30 anos, para a fazenda do Sr. Luiz Trota para fazer pequenos serviços de reparos em seus maquinarios, utilizados na fazenda, sempre passando em Dôres da Vitória e vendo de longe o abandono que se encontrava a MATRIZ da Padroeira da VILA.

Em 1º de MARÇO do mesmo ano, conversando com o Sr. Luiz Trota, sua família e alguns amigos da Vila que ainda restava desta minha longa ausência, sobre a reforma da Igreja Matriz da qual partiu meus primeiros ensinamentos sobre Religião e na qual 03 a 04 anos depois fui sacristão do Sr. Padre Lincon Ramos por 03 anos, respondendo todas as Missas que eram celebradas nesta Matriz, falando a eles da minha promessa que tinha feito de restaurar a Matriz, recebi deles todo apoio e ajuda necessária para a reforma da mesma e informações que seria difícil a ajuda de toda a comunidade, motivo alegado pela comunidade que a quase 20 anos fazendo festas e arrecadando donativos, e nada sendo empregado na reconstrução da mesma.

Resolvi então dar início às obras em 04 de Março do mesmo ano começando com meus próprios recursos, que era pouco mas deu para iniciar e quando foi acabando recebi de imediato a coloboração de Dona Antunieta Carlota de Almeida e Souza a ajuda de Cr$ 20.000,00 (vinte mil cruzeiros), que foi utilizado para fazer mais algumas coisas.

A partir deste fundo a obra estava em andamento e recebi donativos vários desta mesma família, amigos e toda a comunidade para que não se interrompesse a obra, tudo correu bem não encontrei mais dificuldades até levar o Padre Pedro para visitar a obra, porque nunca tinha ido ver esta matriz de perto; foi conhecer por meu intermédio quando assumi a obra, era uma verdadeira calamidade, de fazer qualquer pessoa chorar pelo abandono que se encontrava, tapetes caros apodrecidos, todos os quadros da Via Sacra quebrados e as figuras dos Santos rasgadas, a pia Batismal jogada ao relento, já não tendo mais forro, assoalho e os barrotes dos mesmos tendo sido roubados, estas eram as palavras da comunidade. Ninguém sabendo onde tinha ido tudo isto e quem havia roubado, o sino também havia desaparecido da mesma forma, na época procurei as pessoas encarregadas de tudo aquilo e não consegui encontrar o responsável que pudesse me informar.

Com os recursos que havia conseguido fui tocando a obra. Neste período organizei uma reunião para formarmos uma comissão de mais ou menos 30 a 35 pessoas elegeram uma Diretoria da qual Sou presidente, organizamos festas e conseguimos colocar a obra até o presente momento, toda estrutura em volta de concreto tirando o perigo de qualquer espécie das partes, pondo tudo em prumo e alinhamento, porque estavam tirando todo madeiramento, e foi substituindo por concreto, renovação da massa das paredes, telhado com madeiramento, ripas e telhas novas, forro novo, o piso está no ponto de colocar o ladrilho onde consegui com uma família do Rio de Janeiro filhos desta Vila de Dôres da Vitória, antiga Diretora do nosso estabelecimento de Ensino Grupo Escolar Dom Helvécio, no qual aprendi a escrever as primeiras letras, estamos só esperando a vinda do piso no momento.

A obra está paralizada no momento por falta de verba que é muito justo na situação em que encontramos, estamos esperando um pouco para que a Comunidade possa nos ajudar para recomeçarmos a obra e irmos até o final. Mas infelizmente o Padre Pedro deixando se envolver politicamente começou a me perseguir deixando envolver-se por um grupo de jovens, criado nesta cidade com a ajuda minha, e dando ouvidos a conversas falsas que alguns pelo prazer de ver-me fora das Obras da Matriz a passar para as mãos deles o resto da obra, mas o que me dói não é o fato de trocar de zelador, mas é que por trás de tudo isto está o envolvimento político o que não é certo em se tratando de religião e de pessoas que necessitam de nossa colaboração, eu nunca pensei em fazer nada para receber alguma coisa em troca e ficar recebendo acusações de ladrão e explorador da Igreja, sendo filho desta Vila e vendo o meu feito em prol da comunidade e da Igreja não há testemunho melhor para apresentar.

Sendo que os anteriores a mim, só destruiu 28 alqueires de terra da Igreja e tudo aquilo citado anteriormente, porque para o Padre Pedro e o grupo de jovens segundo as suas palavras dos responsáveis pela comunidade se referem aos moradores do Centro da Rua, sendo que na minha opinião, comunidade é todo o distrito e o município, baseado na reforma da Matriz, as arrecadações da comunidade da rua tive 20% e sendo mais de 80% das arrecadacões é das comunidades do município e municípios vizinhos, portanto o Padre Pedro não pode basear nisto e menosprezando todo o resto do povo, porque me submeto até a uma eleição para escolher entre ele e eu para decidir e administrar a obra, tenho certeza absoluta que ganho, mas este não vem ao caso, o importante é cumprir minha promessa e poder retribuir a todos a confiança que a mim depositaram, com suas colaborações de toda espécie, para confirmar tenho em minhas mãos todos os recibos, notas fiscais e escrita de tudo que entrou e saiu até a presente data, tenho também de todas as festas que fiz, os balancentes com rendas e despesas com datas marcadas da qual o Padre Pedro tem conhecimento.

Proponho ao Sr. mandar uma pessoa de sua inteira confiança para fazer uma pesquisa sobre tudo o que estou afirmando e dentro do município, pesquisar também sobre a pessoa do Padre Pedro, como Vigário, e eu na minha obra para o Sr. fazer uma avaliação melhor. Quando comecei a obra veio pedreiro de fora e ficou na Casa Paroquial, sendo que na mesma funcionando o posto de Saúde a 03 anos, mais ou menos e o resto da casa estava abandonada, era depósito de adubos do Sr. José Maurício, não tinha quintal fechado e era um realengo, foi nesta época que o Padre Pedro me passou a responsabilidade de Zelar a Casa Paroquial, providenciou a retirada de tudo adubo, balaio e outras coisas mais que tinha. Fechei todo o quintal com bambú, capinei, fiz portão com cadeado, agora por questões que o Sr. já está ciente, inclusive até baile foi dado na Casa Paroquial do grupo de jovens e entrada de bebidas alcoólicas, sendo que para terminar a obra tenho que usar a Casa Paroquial, Fui obrigado a entregar para o Juiz de Direito Dr. Márcio a chave da Casa Paroquial, porque assim o Padre Pedro quiz, tudo isto por causa de D. Dejanira Marani, por ser da política contrária ao estado e o Posto de Saúde é do Estado e contra o Prefeito de Miraí Dr. Dinardo Eugênio de Freitas Triani foi pressionando o Padre até levar o Padre a comunicar ao Juiz para tirar o Posto de Saúde de lá. De todas estas confusões que o Padre Pedro se viu envolvido e inúmeras mais que poderei também falar; já afastou entre Miraí, Patrimônio e Catinga mais ou menos umas 300 ou mais pessoas da Igreja, fez uma família, do Sr Emílio Dutra desde os velhos até os netos passarem para a Assembléia de Deus, pessoas nascidas e criadas dentro da Igreja Católica, e hoje crentes.

Dentro da Igreja fala-se coisas que o povo não quer ouvir, fala-se em política, palavrões, não respeitando crianças e moças, deixando transparecer até sinais de alcoolismo, e na época em que estamos e devido o lugar que é era preciso de um Padre como nas bases o Monsenhor Ernesto Tancredo; temos crianças mas quase todas tem medo do Padre Pedro, por ele ser assim, dando até a impressão que bebe, por essas coisas ele se deixa envolver em política, por esta razão que o nosso Ministro Harrison da Costa e Souza deixou até de ser ministro e está muito aborrecido com tudo que aconteceu. A igreja Matriz está passando por estas dificuldades e as vezes deixando de mandar algum dinheiro para a Diocese, com um pedaço de terra aqui em Dôres nas mãos do Sr. José Maurício de Resende nosso Vereador, colhendo bastante café e casas de colono no mesmo, sem o ter comprado e nem pago aforamento nenhum à Igreja, ha muitos anos e nunca deu para a Igreja nenhum donativo para ajudar na Obra, ele tem sim, é cobrado alguns carretos quando é ocupado, tudo isto é do conhecimento da Comunidade e há uma revolta muito grande, por muitas pessoas influentes do nosso lugarejo por causa disto, sem que até hoje tomasse uma providência, agora eu que simplesmente estou refazendo uma casa de Deus e porque não fechei as escritas da Igreja ainda porque não terminei a obra, O Padre Pedro já disse indiretamente dentro da Igreja em sua prática que eu roubo da Igreja, dizendo que o papel aceita tudo, duvidando da minha honestidade como homem honesto que sou e dou provas disso em qualquer parte do País.

O Padre Pedro está de um jeito que a Igreja tem algumas dúvidas e dívidas a pagar, e quando vem nele para pagar as dívidas por causa dos comentários, ele diz que o responsável sou eu, e dentro da Igreja ele pede alguns paroquianos que deve a Igreja Matriz ofertas assinadas em documentos ou mesmo leilões de festas atrasadas, que é para não pagar, segurar o pagamento, porque motivo e vários outros não creio no meu modo de pensar que o Padre Pedro está agindo certo, gostaria que o senhor verificasse tudo isto.

ESTÁ NA HORA DE VOCÊ DEMONSTRAR, NÃO APENAS FALAR

A verdade núa e crúa é esta: muita gente não vai mais à Igreja, pois alegam que a Igreja tem que ser a Matriz; muitos quase choram, quando dizem que que Nossa Senhora das Dores está em local trocado; outros ainda dizem que Dores não vai pra frente, pois o povo abandonou a Casa da Padroeira. Nem se poderia dizer tudo, o que povo diz em relação ao assunto.

Pois bem:- Está na hora de você demonstrar o que sente. Vamos iniciar a restauração da Igreja Matriz. Vamos levar Nossa Senhora das Dôres, em triunfo, em procissão solene, conduzindo-a para sua verdadeira morada.

Este livro se destina a colher as assinaturas e assinalar as ofertas do povo, de maneira mais específica, dos verdadeiros devotos de Nossa Senhora das Dôres. Está, portanto, na hora de você provar, não apenas com palavras, mas, com atos concretos, que deseja mesmo ver a Imagem Venerada da Santa Padroeira na Igreja Matriz.



PARÓQUIA DE SANTO ANTÔNIO -  
DIOCESE DE LEOPOLDINA
36790 - MIRAÍ - MG
	
 
AUTORIZO INICIAR A REFORMA DA MATRIZ DA PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DAS
DÔRES EM DORES DA VITÓRIA COM A CONDIÇÃO QUE OS PAROQUIANOS TODOS NOMEIEM
DEMOCRATICAMENTE UMA DIRETORIA DE CINCO PESSOAS QUE ASSUMEM TODA RESPONSA~
BILIDADE POR ESTA REFORMA.
	DEVE-SE PRESTAR CONTA DE TODO DINHEIRO QUE ENTRA E SAI PARA ESTA
REFORMA. ESTA PRESTAÇÃO DE CONTAS DEVE SER FEITA EM CADA PRIMEIRO DOMINGO
DO MÊS AO VIGÁRIO QUANDO DE SUA VISITA MENSAL A PARÓQUIA. COMO VIGÁRIO NÃO
POSSO ACEITAR DÍVIDA QUALQUER. A REFORMA CONTINUA ENQUANTO O DINHEIRO DER. 
NÃO TENDO RECURSOS MAIS DEVE'SE PARAR IMEDIATAMENTE A REFORMA.
    DEVE SER ENTREGUE AO VIGÁRIO UMA DECLARAÇÃO ASSINADA POR UM ENGENHEIRO
GARANTINDO QUE NÃO EXISTE PERIGO NENHUM NA ATUAL ESTRUTURA DESTA IGREJA QUE 
AMEACEA VIDA DOS PAROQUIANOS.
      POR FIM ESPERO QUE A REFORMA UNA TODO NOSSO POVO DE DÔRES DA VITORIA
NUM ESFÔRÇO REALMENTE RELIGIOSO PARA DAR A DEUS UMA CASA DIGNA DE SUA GRANDEZA.

				 MIRAÍ, 19 DE MARÇO DE 1982,
				 DIA DE SAO JOSÉ, PADROEIRO DA IGREJA.


				  -------------------------
				  Fr. PEDRO SCHREURS  O.S.C.

___AVISO___

A Diretoria encarregada da restauração da Matriz Nossa Senhora das Dores, avisa ao público em geral que não é de sua responsabilidade donativos entregues a pessoas que não sejam credenciadas pela nossa Diretoria, pois todas as listas oficiais tem a rubrica de um dos membros da Diretoria.





  • Presidente: Sr. Hélio Antunes
  • Vice-pres.: Sr. Antonio Marani
  • Secretário: Enir Trota
  • Vice-sec. : José Teodoro de Almeida
  • Tesoureiro: Felício Massi
  • Vice-Tes. : Wilson de Barros

PARÓQUIA DE SANTO ANTÔNIO -
DIOCESE DE LEOPOLDINA
36790 - MIRAÍ - MG

		Autorizo ao Posto de Saúde funcionar
		durante 3 mêses na Casa Paroquial de 
		Dores da Vitória, do Município de Miraí,
		M.G.
		
			   Início dia 18-11-83
			   até dia 18-02-84
			   
				   Miraí, 17-11-83
				   ----------------
		

PARÓQUIA DE SANTO ANTÔNIO -  
DIOCESE DE LEOPOLDINA                      19-11-83
36790 - MIRAÍ - MG
    
	+ Meu caro Lé,
		  Aceitei seu bom conselho, de não me deixar envolver em 
	interesses políticos. Porque agrada a um, e desagrada a outro.
		   Meu lema é ser Vigário imparcial. Por isto não posso
	concordar com a demissão de algumas paroquianas que foram 
	demitidas e dar a casa paroquial às novas nomeadas.			   
		  Por isto nosso trato de dar 3 meses a casa paroquial 
	fica sem efeito. O estado deve procurar uma solução sem envolver 
	a retidão do vigário, não acha?


			Meu abraço amigo		  
					  -------------------------
					  fr.Pedro Scheurs e.s.c.


PARÓQUIA DE SANTO ANTÔNIO -  
DIOCESE DE LEOPOLDINA                   8 de Maio de 1984
36790 - MIRAÍ - MG
    
	+ Prezado senhor Hélio,
				 Saudações 
		A razão desta carta é de entregar o altar para as
coroações de N.Senhora neste mês de Maio. E peço o favor de entregar 
pessoalmente a mim as chaves da Igreja Matriz e das dependências da
casa paroquial. É esta a ordem do senhor Bispo Diocesano com quem 
tratei este assunto. Espero que o senhor, dizendo que é amigo meu, 
tenha esta boa vontade de atender-me. O que também é vontade de M.M. 
senhor Juiz que lhe pediu na minha presença no forum de afastar-se das
Obras da Igreja. Senhor Bispo, Dom geraldo Reis me mandou, que caso o
senhor não atender procurasse o delegado regional para tomar as medidas 
necessárias. Portanto o senhor está avisado e contamos com seu bom senso.
	 Afinal o vigário sou eu, e não o senhor que está se comportando
como dono da paróquia, coisa que o senhor condenou na pessoa de José 
Maurício.
	 Prezado senhor Hélio a paróquia de Dôres conta com seu bom senso
e boa vontade.

				Meu abraço amigo		  
				    -------------------------------
					fr.Pedro Scheurs e.s.c.

Prazo de entregar as chaves até QUINTA FEIRA

PARÓQUIA DE SANTO ANTÔNIO -  
DIOCESE DE LEOPOLDINA                 31-05-84                   
36790 - MIRAÍ - MG
 
        + Prezado senhor Hélio Antunes,

	      Conforme o Senhor prometeu ao Senhor Bispo Diocesano, de
	ASSUMIR as obras da reforma da Igreja de Dôres.
	      Peço encarecidademente que cumpra sua promessa e NÃO espalhe
	notícias tão contrárias às que o senhor tratou com o Bispo. Estou a
	par de TUDO. Dom Reis me falou e quer que o senhor respeite minha
	autoridade de Vigário. Quem organiza a paróquia sou eu. O senhor é
	só CONSTRUTOR E NADA MAIS!!		
	      O Senhor não tem direito nenhum de dispor das coisas da 
	paróquia sem autorização minha. Porque o senhor deu as casinhas
	de coelho para S.S. da Vargem Alegre e quando os jovens precisam
	delas em Dôres?
	      Porque o senhor espalha a notícia que o Bispo vai chegar lá com
	outro padre???
	      Deixe-nos em Paz por favor. Nós queremos uma Igreja - Povo UNIDO
	e não desunido pelas futricas de todo lado.
	       Pelo amor de Deus, Hélio, respeite a minha autoridade!

	                     Saudações cordiais		  
								  -------------------------
								  fr.Pedro


	
Sr. Hélio Antunes
1º- Ai vai Sua conta de luz dos meses julho, agôsto, setembro 
e Outubro com o total Cr$ 15.786,66; a partir do dia 28 deste
vai ser depositado no escritório da Emp. Industrial.

2º- Também vai a conta dos carretos sendo 1 viage ao corgo do
ouro para trazer a madeira de andaime no início da restauração
da Igreja Matriz sendo na época 3.000,00 e duas viage de carro
a Miraí levar operário 7.000,00 com o total 10.000,00.

3º- Levo ao seu conhecimento que neste momento eu preciso do rôlo
de arame que voce nos lançou a mão e lembro que este rolo é de
400 metros não serve outros tipos para sustituição e, aproveito
este como aviso que até 

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Agradecimentos Especiais

  • Antunieta Carlota de Almeida e Souza Cr$ 20.000,00 (vinte mil cruzeiros)