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Harrison da Costa e Souza

Casamento
Harrison José
Maria Adalgisa
Maria Filomena
Moisés José

Fotos (clique aqui)

História

Pai: Adeodato de Souza
Mãe: Maria da Costa e Souza
Esposa: Adalgisa Pereira de Souza

irmãos

filhos

tios paternos

tios maternos

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ESTADO DE MINAS GERAIS.

Rubens das Neves Rocha, oficial do registro Civil, de Protestos e Anexos do município e comarca de Mirai, designado Escrivão Ad Hoc em Dores da Vitória, especialmente para extrair a presente certidão, na forma da Lei.

CERTIFICO que às fls. 20 e Vº do Livro nº o1 (um) de Termos de Juramentos do Cartório de Dores da Vitória, encontrei o termo de posse de escrevente juramentado, cuja transcrição segue:

"Aos trinta dias do mês de junho de mil e novecentos e cinquenta e um, nesta Vila de Dores da Vitória, Comarca de Mirai, Estado de Minas Gerais, em cartório, presente o cidadão Geraldo Francisco Pedrosa, Juiz de Paz deste distrito, comigo escrri digo: comigo escrivão de seu cargo abaixo nomeado, compareceu o senhor Harrison da Costa e Souza, nomeado escrevente juramentado substituto deste cartório de Dores da Vitória, por portaria de vinte e sete de Junho do corrente ano, expedida pelo M. M. Senhor Doutor Juiz de Direito desta comarca ao referido serventuário, sendo deferido pelo Juiz de Paz o compromisso legal de bem e fielmente desempenhar as funções do referido cargo, o que aceitou e comprometeu assim desempenhar. Para constar lavrei este termo que sendo lido e achado conforme assinam o Juíz, o compromissado e comigo Francisco Navarro de Oliveira, oficial do Registro Civil e Tabelião que o escrevi e também assino. -Dores da Vitória, 30 de Junho de 1. 951. (A.A.S.S.) Geraldo Francisco Pedrosa, Harrison da Costa e Souza e Francisco Navarro de Oliveira. Ressalvo os nomes “Juramentado” e Navarro. Era o que se continha no livro e folhas no princípio mencionados, o que fielmente copiei datilografando.
O referido é verdade e dou fé.
Cartório de Dores da Vitória, 21 de Maio de 1976
Rubens das Neves Rocha ( Oficial AD HOC)

Textos escritos por Harrison
(vulgo Sr. Arinho)

Meus prezados irmãos! Até que ponto nos levou a maldade humana. Aquele que veio ao mundo unicamente para fazer o bem, Aquele que veio nos ensinar o verdadeiro caminho para a nossa felicidade definitiva, foi por nós desprezado, imolado, sacrificado. A tragédia do Calvário, porém, continúa viva, presente, dirigindo nossos passos.

1.950 anos já se passaram. A Igreja comemora todos os anos o fato, com muitas solenidades litúrgicas apropriadas, entre as quais a do sepultamento de Jesus. E se a Igreja assim procede é principalmente, para que ao menos na semana santa, seus filhos, tão ingratos, tão esquecidos dos ensinamentos sublimes de Jesus, se agrupem e meditem com mais fé, no que de verdadeiro representa nossa vida passageira, passada aqui na terra.

Nestes dias, impulsionados por um desígnio divino, saímos um pouco de nossa rotina, nos humanizamos um pouco mais e procuramos nos aproximar mais de Deus. Jesus morreu, ressuscitou e jamais tornará a morrer. Simbolicamente, fazemos o sepultamento de Jesus todos os anos, como ocorre neste momento. Semblantes tristes, acabrunhados, já não parecemos os mesmos. Mais na realidade vamos crucificar jesus novamente.

Pelo nosso egoísmo, pensando somente em nós mesmos, estamos diariamente crucificando Jesus. Pela nossa maldade, pouco nos importando com o sofrimento alheio que nos rodeia, estamos matando a Jesus em cada momento. Pela nossa insensibilidade ante os dramas que aniquilam tanto irmãos, filhos todos de um mesmo Pai, vamos sacrificando Jesus. Pela nossa sordidez mesquinha, nem nos apercebemos de tantos irmãos nossos. Somos fartos, nossos filhos têm tudo o que precisam, pensar nos outros, para que? E vamos crucificando novamente a Jesus esquecidos de que Deus criou este mundo para todos nós, que ninguém deve passar fome, frio, toda a sorte de males. Pelo nosso orgulho insensato, cada um querendo ser mais do que o outro, vamos conduzindo diariamente Jesus para um novo calvário.

Estamos sempre prontos a abraçar e adular os poderosos, mas os humildes, esses, as vezes não nos dignamos nem ao menos cumprimentar. E a cadeia de erros prossegue. Vamos crucificando aquele que ofereceu a vida para salvação de todos, Jesus, que nos amou tanto se ofereceu em holocausto para nossa redenção, certamente olha com muita tristeza para o nosso mundo. Guerras e mais guerras, que pretendem os homens justificar com ideologias e motivos diversos, sem nenhuma consistência`a uma análise mais profunda, vão causando cada vez mais misérias e luto entre as famílias. Toda as justificativas para as guerras, são falsas, somente um motivo as move: A ganância pelo poder, o desejo incontido de ser cada vez mais poderoso, o desejo de subjugar os mais fracos.

Tanta miséria no mundo. Entretanto, segundo estudos de pessoas abalizadas sobre o assunto, o custo de um Míssil de destruição bastaria para sustentar centenas de famílias pobres por muitos meses. E individualmente, os homens, particularmente, vão seguindo os exemplos dos governos. Todos querem ficar cada vez mais ricos, mais importantes, mais poderosos, esquecidos completamente dos ensinamentos do homem de Nazaré. As lutas pelo poder, pela riqueza, pela glória passageira, atinge o paroxismo. Já ninguém se importa com os meios para alcançar os objetivos torpes e abjetos a que se propõe. Mortes, roubos, assaltos, assassinatos, qualquer coisa: o ideal é ser poderoso. E Jesus continúa morrendo, reconhecendo que para muitos, seu sacrifício foi inútil.

Infelizes mortais! Para que tanto dinheiro e poder, se as coisas mais importantes que existem não se conseguem com dinheiro. Saúde, paz e tranquilidade no seios da famílias, a satisfação íntima do dever cumprido, a consciência de estarmos praticando os ensinamentos que o divino Mestre nos deixou, nada disso se consegue com fortuna e poder. E desta forma, Jesus continua morrendo, padecendo seu Calvário cada dia, cada hora, cada minuto. Seu sagrado Coração continua sangrando por causa das nossas iniquidades. E a cadeia de erros prossegue. O grande sacrifício do Calvário, culminando com a morte de Jesus, cujo sepultamento estamos acabando de celebrar, nesta solenidade tão comovedora que terminamos de realizar, não pode ficar em vão, devemos aproveitar, não podemos desperdiçar.

Se Jesus morreu pela nossa redenção, aproveitemos com sabedoria seu Augusto Sacrifício. Saibamos viver como ele nos ensinou. Prometamos a nós mesmos, nesta Sexta-feira Santa, esforçar-nos para ter uma vida mais edificante. Se assim o fizermos, Jesus não sofrerá tanto como vem sofrendo por nós. Ele, que tanto deseja que todos possamos gozar de Sua santa presença na eternidade, reconhecerá nosso esforço para melhorarmos e nos dará forças para o conseguirmos.

E para nos dar maior alento, aí está sua Santa Mãe, nossa Mãe também, que foi dada como tal no Martírio da Cruz. Maria Santíssima, Nossa Senhora da Dores, que viveu todo o drama do Calvário, Ela, nossa Santa Padroeira, está aí disposta como sempre a interceder por nós, Maria, que tanto nos ama, nos ajudará em nossa caminhada, nos animando em nossas fraquezas, em nossas misérias. A Virgem bendita que é considerada co-Redentora da Humanidade, Ela que tanto sofreu desde o nascimento do Menino-Deus, que foi obrigada a expatriar-se para escapar da sanha de Herodes, perseguindo a Jesus quando ele ainda nem sabia falar, intercederá por nós. Nós, que temos a felicidade de possuir por Padroeira a Mãe de Deus, Nossa Senhora das Dores, apesar de nossas inúmeras culpas, pedirá ao seu Santo Filho por nós.

Basta que tenhamos um pouco de boa vontade e façamos algo para melhorarmos. Então teremos sempre Nossa Senhora da Dores intercedendo por nós, nos assistindo em nossas angústias, em nossos momentos de fraqueza. O desejo de Jesus é que não se perca nenhuma de suas ovelhas. Tenhamos sempre em nossas mentes os ensinamentos de Jesus, sintetizados numa única frase: AMAI-VOS UNS AOS OUTROS E SAIBAMOS NOS PERDOAR MÚTUAMENTE!

Harrison da Costa e Souza

Discurso de Paraninfo

Profundamente emocionado pela distinção que me conferistes, escolhendo-me vosso paraninfo nesta sugestiva solenidade de entrega de vossos diplomas, eis-me aqui, desempenhando minha honrosa missão. Meu coração transborda de justa alegria e devo confessá-lo: sinto-me um tanto orgulhoso pela escolha de meu modesto nome.

Diplomandos! Estais todos radiantes, a expressão de cada semblante bem o demonstra. Sinto-me contagiado pela vossa vossa alegria. Acabais de conquistar, ou melhor, acabais de concluir vossos estudos primários, simbolizados pelos diplomas que acabastes de receber. Vencestes galhardamente a primeira etapa árdua e gloriosa da vida. Daqui para o futuro, qualquer que seja o rumo que o destino vos conduza, podeis estar certos: Já possuis uma base sólida de apoio, que os projetará firmes, em busca de novas metas! Daqui a poucos anos, já com os vossos espíritos amadurecidos, participareis orgulhosos dos destinos de vossa querida Pátria! Sereis certamente cidadãos úteis para o estudo, para o trabalho, sereis defensores intransigentes das instituições da nossa fé, do civismo e do patriotismo que herdamos dos nossos antepassados!

Ainda mais um pouco e já sereis eleitores. Com os sadios princípios que adquiristes aqui no grupo Escolar D. Helvecio, convivendo diariamente durante quatro anos com vossas dedicadas e esforçadas mestras, sob a orientação pedagógica, dinâmica, sábia e prudente da senhora diretora D. Maria Fernandes Ramos, com esses sãos princípios, repito: sabereis escolher dirigentes dignos, capazes de nos conduzir regularmente para um porvir grorioso e brilhante, libertando-nos definitivamente da terrível ameaça do comunismo que paira sobre nossas cabeças, até que todos nós, brasileiros atinjamos um perfeito ideal: o verdadeiro ideal democrático!

Nem todos vós continuareis os estudos. Os que prossseguirem, mercê de Deus, alcançarão seus objetivos. Conquistareis com galhardia os títulos aos quais se propuzerem, pelos quais já começaram a lutar e havereis de continuar lutando, sempre com o mesmo ardor e com o mesmo entusiasmo! A semente que foi lançada há quatro anos, germinou. A plantinha floresceu, regada com suor do vosso esforço. Hoje ela já tem raízes firmes. Não permiti jamais que o gelo do comodismo nem a ociosidade, não permitais que eles aniquilem o fruto da árvore que plantastes!

Meus afilhados! Ao fazer-vos esta exortação, brotada do fundo de minha alma e inspirada no meu mais ardente desejo de vossa felicidade futura, quero que vos lembreis sempre dos artífices que moldaram esta obra imorredoura, cujo acabamento primoroso está sintetizado na solenidade que acabamos de participar: a entrega solene de vossos diplomas. Não vos esqueçais nunca de vossas mestras. Recordai-vos delas, sempre com carinho e veneração. Elas bem o merecem: deram tudo de si mesmas com altruísmo e abnegação, sempre com um sorriso animador nos lábios e, muitas vezes, ocultando uma lágrima insistente que surge, no escorpo do difícil, mas belo trabalho, no cumprimento de sua gloriosa missão!

Diplomandos! Lutastes e conseguistes um primeiro galardão. A vida continua. Tendes o dever de prosseguir. A vossa temeridade e o vosso esforço futuro, vos conduzirão à vitória!

As armas ensaio
Penetra da vida
Pesada ou querida
Viver é lutar!
Os fortes combates
Os fracos abate
Os fortes e bravos
Só podem exaltar!”

Harrison da Costa e Souza

Focalizar

As dificuldades de tantos irmãos em nosso meio. Salientar que devemos ajudar os que realmente precidam, não nos importando se a pessoa tem boas ou más qualidades. Jesus perdoou a pecadora. Prestes a ser apedrejada (aquele que não tiver pecado que atire a primeira pedra).

Visitar os presos ou a família de algum preso: estamos sempre dispostos a condenar, muitas vezes chocados com a brutalidade de algum ato. Pensamos, por acaso, na família do que praticou o ato condenável? Pensamos no quanto devem sofrer pai e mãe daquele a quem condenamos com tanta veemência?

Perdoar se houver algum mal entendido entre nós. Nós fazemos a novena todos os anos, com muita fé , muita humildade, porém, muitos são inimigos ou não se cumprimentam há muitos anos? Jesus nos ensinou a guardar rancor? (Se alguém te esbofeteia o lado esquerdo ofereça-lhe o lado direito também). Pai: Perdoa-os, eles não sabem o que estão fazendo.

Fizemos algo pelos necessitados de nossa comunidade? Ainda é tempo. A Lúcia está com uma lista pedindo auxilio para o Natal dos Pobres. Será que estamos vivendo como os fariseus? Eles foram censurados acremente por Jesus, taxando-os como sepulcros novos: por fora, muito bonitos, por dentro apenas podridão.

Eu quero ser criança . . . , eu quero ter um coração de criança. . . , estamos cantando todos os dias na novena. A criança não guarda rancores, acaba de brigar com o amiguinho e daí a pouco estão brincando novamente, esquecidos da briga. Por que nós, adultos não fazemos o mesmo? A verdade é que nossas desavenças continuam. Ninguém quer dar o braço a torcer. Às vezes até vem aquela vontade de confraternizar com o irmão, porém, o nosso orgulho não o permite. Fechamos nossos corações, permanecemos indiferentes e vamos receber a Santa Comunhão.

Foi pra isso que Jesus nasceu humildemente, padeceu e acabou morrendo na Cruz? Vamos nos confraternizar, sejamos nós os primeiros a abrir nossos braços para a reconciliação. Caso contrário o nosso Natal será um verdadeiro fracasso. Olhemos bem o Menino-Jesus, nascido a 1983 anos. A Humanidade foi salva com o nascimento de Jesus. Pensemos em tudo o que Jesus nos ensinou.

Perdoemo-nos uns aos outros e vamos nos confraternizar, de coração, com a nossa alma, com o pensamento voltado para aquele cujo nascimento comemoramos e festejamos com tanto amor, pedindo-lhe que nos dê sempre um coração de criança, um coração voltado exclusivamente para o Amor, para a prática sublime da caridade e do perdão. Ou façamos isso ou então, melhor será que deixemos de rezar o pai-nosso, pois estaremos pedindo a nossa própria condenação.

PERDOAI-NOS COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO.

Harrison da Costa e Souza

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